É pau
É vírus
É o fim do programa
É um erro fatal
O começo do drama
É o turbo Pascal
Diz que falta um login
Não me mostra onde é
E já trava no fim
É dois, é três, é um 486
É comando ilegal
Essa merda bloqueia
É um erro e trava
É um disco mordido
HD estragado
Ai meu Deus tô fudido
São as barras de espaço
Exibindo um borrão
É a promessa de vídeo
Escondendo um trojan
É o computador
Me fazendo de otário
Não compila o programa
Salva só o comentário.
É ping, é pong
O meu micro me chuta
O scan não retira
O vírus filho da puta
Windows não entra
E nem volta pro DOS
Não funciona o reset
Me detona a voz
É abort, é retry
Disco mal formatado
PCTools não resolve
Norton trava o teclado
É impressora sem tinta
Engolindo o papel
Meu trabalho de dias
Foi cuspido pro céu.
Se Tom Jobim tivesse meu micro...
As colheres de cabo comprido
Conta uma história que Deus convidou um homem para conhecer o céu e o inferno.
Foram primeiro ao inferno.
Ao abrirem uma porta, o homem viu uma sala em cujo centro havia um caldeirão de substanciosa sopa e à sua volta estavam sentadas pessoas famintas e desesperadas.
Cada uma delas segurava uma colher, porém de cabo muito comprido, que lhes possibilitava alcançar o caldeirão, mas não permitia que colocassem a sopa na própria boca.
O sofrimento era grande.
Em seguida, Deus levou o homem para conhecer o céu.
Entraram em uma sala idêntica à primeira: havia o mesmo caldeirão, as pessoas em volta e as colheres de cabo comprido.
A diferença é que todos estavam saciados.
Não havia fome, nem sofrimento.
- "Eu não compreendo", disse o homem a Deus,
"por que aqui as pessoas estão felizes enquanto na outra sala morrem de aflição, se é tudo igual?"
Deus sorriu e respondeu:
- "Você não percebeu?
É porque aqui eles aprenderam a dar comida uns aos outros."
Moral da história:
Temos três situações que merecem profunda reflexão:
Egoísmo: as pessoas no "inferno" estavam altamente preocupadas com a sua própria fome, impedindo que se pensasse em alternativas para equacionar a situação;
Criatividade: como todos estavam querendo se safar da situação caótica que se encontravam, não tiveram a iniciativa de buscar alternativas que pudessem resolver o problema;
Grupo: se tivesse havido o espírito solidário e ajuda mútua, a situação teria sido rapidamente resolvida.
Conclusão:
Dificilmente o individualismo consegue transpor barreiras.
O espírito de grupo é essencial para o alcance do sucesso.
Um grupo participativo, homogêneo, coeso, vale mais do que um batalhão de pessoas com posicionamentos isolados.